A Assembleia da República aprovou, com o voto contra do PS, uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para para este ano, apresentada pelo PCP, no sentido de incluir as três vacinas no Plano Nacional de Vacinação (PNV), permitindo que estas passem a estar disponíveis, sem custos, para todas as crianças, ao contrário do que acontece atualmente.
De acordo com o AbrilAbril, o pedido dos comunistas já tinha sido ouvida na Assembleia da República, em junho deste ano, a Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP), que reiterou a sua posição quanto aos benefícios destas vacinas, tendo o seu representante sublinhado que o que está em causa “não é uma apenas uma questão de preço, mas sim uma questão de valor” no que respeita à prevenção de algumas destas doenças junto de bebés e crianças.
Segundo a SPP, a meningite B é uma doença rara que pode ser fatal e acaba todos os anos por provocar a morte de duas a três crianças. Sobre o rotavírus (o vírus que provoca gastroenterites), a mesma entidade considera a vacina muito eficaz para os casos em que se contrai esta doença de forma grave. Aliás, já são conhecidos no nosso país os efeitos positivos desta vacina, com uma significativa redução da incidência da doença abaixo de um ano de idade, porque mais de 50% das famílias acabam por vacinar os filhos, a custo próprio.
Quanto, ao HPV, que protege nomeadamente contra o cancro do colo do útero e que era apenas administrado a raparigas, a importância de alargar esta vacina aos rapazes é signficativa, segundo a SPP, considerando a necessidade de melhorar a imunidade de grupo.
Os custos destas vacinas, sem comparticipação, rondam os 600 euros por criança. A vacinação completa contra o rotavírus custa cerca de 150 euros, contra o HPV para rapazes o custo situa-se entre os 72,45 e os 145,33 euros e, no caso da meningite B, os custos andam entre os 200 e os 300 euros.
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