Este ano, sem estarem alheios ao que os rodeia, as meninas e os meninos da Marcha Infantil d’A Voz do Operário levaram o tema da paz como bandeira e, naturalmente, muita vontade de cantar e dançar. Conduzidos pela ensaiadora Sofia Cruz, envergavam os fatos desenhados por Nuno Lopes e confecionados pelo trabalho coordenado pela costureira Inês Santos. Outros dedicaram-se à elaboração dos arcos e demais adereços. Carlos Alberto Moniz e Carlos Alberto Vidal, mais conhecido como Avô Cantigas, foram responsáveis pela música. Já Ricardo Dias e Tiago Torres da Silva, ficaram a cargo das letras.
Este foi o corolário de uma intensa preparação que envolveu muitos voluntários numa instituição que tem essa marca desde há quase século e meio e cujo prestígio ficou patente com a ida a vários canais de televisão das crianças e de trabalhadores e dirigentes d’A Voz do Operário, nos dias prévios às Marchas Populares e aos arraiais.
Para o diretor-geral d’A Voz do Operário, Nuno Abreu, toda esta dinâmica atesta a vitalidade associativa da instituição, com mais de 100 voluntários a participar “na construção e na dinamização da Marcha Infantil e do arraial” e “valoriza muito o projeto d’ A Voz do Operário e o imenso trabalho desenvolvido, na área educativa, social, cultural e associativa, pelos 240 trabalhadores da instituição”. Nuno Abreu acrescentou ainda que se pretende, no futuro, “continuar a ampliar esta enorme intervenção associativa, tendo sempre por base o desenvolvimento de um trabalho coletivo e participado, para o qual todos contam”.
Arraial volta a abrir portas à festa
Milhares de pessoas visitam todos os anos o arraial d’A Voz do Operário, onde, durante várias semanas, as sardinhas, o caldo verde, as entremeadas, a imperial e o vinho tomam conta da festa. Num ambiente acolhedor, fraterno e sempre festivo, a folia traz a força de todos os que trazem a alegria para todos os cantos da instituição. Se este ano a festa já acabou, para o ano há mais.