Voz

Marcha Infantil

A Voz do Operário homenageia revolução de Abril

É a 35.ª edição em que as crianças d’A Voz do Operário participam nas Marchas Populares.

Entre a azáfama dos ensaios diários, sob a batuta da ensaiadora Sofia Cruz e muitos voluntários, mais de meia centena de meninas e meninos levam muito a sério a responsabilidade de dar cor ao já tradicional desfile da cidade. A Marcha Infantil d’A Voz do Operário protagonizou uma das grandes surpresas da noite no antigo Pavilhão Atlântico, no Parque das Nações, com Grândola, Vila Morena. “Rebentaram com o pavilhão”, garante Sofia Cruz. “Superaram as expectativas. Apesar do stress dos ensaios, acabam sempre por surpreender. Vamos nervosos, e às vezes com medo de que estejam distraídos, mas, no final, corre sempre bem”. 

Foi já no início da última marcação que soou Grândola, Vila Morena, canção de Zeca Afonso, uma das senhas da revolução, surpreendendo o público no pavilhão. “Foi um momento bom. Fomos a única marcha que assinalou os 50 anos do 25 de Abril”, descreve Sofia Cruz. Este é, aliás, o tema levado pelas 51 crianças que compõem a Marcha Infantil d’A Voz do Operário.

Junho é mês de Marchas Populares e de festa rija nos bairros de Lisboa. São as populações da cidade, sobretudo quem a vive e lhe dá vida todo o ano, as obreiras dos festejos. Mas, desde há muito, que não há marchas sem A Voz do Operário. Desde 1988 que as meninas e os meninos desta instituição abrem o desfile como aconteceu, agora, no antigo Pavilhão Atlântico e como vai acontecer na Avenida da Liberdade. Representam as crianças da cidade e é o corolário de um extenso trabalho a vários braços de uma instituição que se ergueu durante mais de um século através do esforço coletivo.

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