Enraizada nos valores daqueles trabalhadores de há quase século e meio, A Voz do Operário nunca deixou de estar ao serviço dos mais desfavorecidos, defendendo o progresso, a justiça social e a paz.
Com cerca de 5 mil sócios, tem espaços na Graça, Ajuda, Parque das Nações, Baixa da Banheira, Lavradio e Laranjeiro. Muitas gerações de alunos passaram por estas e outras escolas, num modelo de ensino alternativo, progressista e democrático, inspirado na Escola Moderna.
Mas A Voz do Operário é muito mais do que uma escola. A intervenção na área do apoio social é uma realidade que acompanha a instituição desde a sua fundação. Para além do centro de convívio com atividades para maiores de 50, A Voz do Operário dá apoio domiciliário a quem não consegue fazer a sua vida doméstica. Simultaneamente, a cantina social serve refeições à população mais carenciada e há até um cabeleireiro que faz a sua arte a um preço reduzido para sócios.
Com uma história impressionante, a biblioteca é outro dos espaços que revelam a marca do tempo, com obras inéditas e com um inestimável património literário, sobretudo no campo do marxismo e do movimento operário. Por outro lado, conserva um conjunto de protocolos com diferentes associações que encontram aqui um espaço para desenvolver a sua atividade em proximidade com os sócios d’A Voz do Operário. É o caso do Teatro da Voz, onde participa a EIRA e as Produções Real Pelágio.
Conhecida pela programação cultural que promove, o quase centenário salão do edifício na Graça abrilhanta qualquer atividade com a sua beleza. Concertos, peças de teatro, festivais de cinema e festivais de música são presença regular neste espaço, onde também todos os anos a Gala de Fado traz a celebração e reconhecimento deste género musical.
Também nas Festas de Lisboa, a instituição é marca de alegria com o seu conhecido Arraial e com a participação da sua marcha infantil nos desfiles das Marchas Populares.