A aprovação do Orçamento do Estado para 2025 é uma má notícia para os trabalhadores e para o país. Uma vez mais, PSD e CDS-PP, com a ajuda do PS, abrem as portas aos privados em diversas áreas do Estado ao mesmo tempo que desinvestem nos serviços públicos. Disso é um bom exemplo a decisão do governo, entretanto chumbada na Assembleia da República, de impedir a RTP de obter financiamento através da publicidade. O crónico subfinanciamento no setor da saúde é outro caso que mostra bem como se estimula a falta de meios ao mesmo tempo que se desviam doentes para o privado alimentando as empresas que pretendem lucrar à custa das nossas doenças. Também uma vez mais, a CGTP-IN esteve do lado certo da história ao posicionar-se do lado dos trabalhadores e do país.
O ano que agora acaba ficou marcado pelas enormes celebrações do 50.º aniversário da revolução de Abril, data inesquecível em que a mais longa ditadura da Europa caiu mas, simultaneamente, também a data em que começou um processo de mudanças sociais, políticas, económicas e culturais. Algumas dessas transformações aprofundaram-se ainda mais em 1975, sobretudo a partir de 11 de março, data que merece especial destaque, à cabeça com o primeiro-ministro Vasco Gonçalves, os militares de Abril, o movimento operário e sindical e os partidos que abraçaram esse projeto coletivo.