Ao longo de vários meses, escolas, faculdades, museus, associações e coletividades contribuíram para o mural coletivo promovido pelo PCP e oferecido à cidade de Lisboa no âmbito das comemorações do 50.º aniversário da revolução de Abril. Em novembro, A Voz do Operário recebeu uma oficina de pintura de azulejos com a participação de cerca de duas centenas de pessoas, entre alunos, pais, sócios e amigos da instituição. Outro mural será afixado na cidade do Porto, também fruto da participação de muita gente em iniciativas semelhantes no norte do país.
Durante a inauguração, junto à estação do Rossio, com a participação de muitas centenas de pessoas, muitos deles obreiros do mural, Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, recordou que para este projeto os comunistas não pediram qualquer “currículo”, “cartão” ou “simpatias partidárias”, “todos os que vieram, sabiam ao que vinham e foram, e são bem-vindos”. Falou ainda dos bairros, associações e escolas onde se realizaram as oficinas que permitiram produzir o mural.
Durante a inauguração, com a participação de muitas centenas, o responsável pelo projeto, MaisMenos±, Miguel Januário, recordou os sorrisos das crianças, dos idosos e de ver gente de todas as idades, de norte a sul do país, “a pintar com tanta vontade e tanta alegria a sua forma de ver [a revolução de] Abril”. Para o artista, este mural contém não só o significado que tem para cada um o 25 de Abril, mas simultaneamente muitas reivindicações das lutas do presente por melhores condições de vida.