Voz

Marcha Infantil

Benedita Pereira e Hélder Afonso são os padrinhos da Marcha Infantil A Voz do Operário

À Voz do Operário, os atores contaram que estão com muita expetativa sobre a participação com as crianças na Marcha Infantil de 2024.

Já conheciam A Voz do Operário?

Benedita Pereira (BP) — Bom, a minha ligação tem a ver com o meu filho, que anda aqui [n’A Voz do Operário]. Tem quatro anos e, de facto, A Voz do Operário, pelo menos na parte educativa, que é a que eu conheço melhor, tem me surpreendido imenso. Temos mesmo gostado muito e o Álvaro também gosta muito da maneira como tudo é feito, do plano educativo, de como tratam os miúdos, de como querem que a família esteja envolvida… E já tinha alguns amigos que tinham os filhos aqui que me diziam que é espetacular.

Hélder Afonso (HA) — Da minha parte, fui mandado para cá pelo Hélder Agapito, o vosso padrinho anterior [risos].

Vejo que têm uma boa relação de amizade.

HA — Sim, e conheço muito bem a Mel, a filha dele que também estuda cá. Fora isso, todas as pessoas a quem disse que ia fazer parte da Marcha Infantil d’A Voz do Operário me responderam que era espetacular. A minha professora Sofia de Portugal disse-me que tinha andado n’A Voz do Operário. “Aprendi coisas incríveis lá”, contou-me. Portanto, toda a gente me fala muito bem daquilo que se faz aqui.

BP — Olha, se um dia tiveres filhos já sabes onde os pôr!

HA — Exatamente!

E que significado é que teve o convite para apadrinharem a Marcha Infantil?

BP — Quando me convidaram, foi um sim sem reservas. Algo que não aconteceria com uma marcha de adultos. Seria um não, de todo. Ou seja, eu sou do Porto e as marchas não são uma tradição minha, não é algo que me esteja no sangue… Isto é uma coisa muito dos bairros. Depois, comecei a apreciar os Santos Populares, mas sempre pensei que nunca ia acontecer isto. E, de repente, quando a Sofia Cruz [ensaiadora] me liga e me faz o convite e me explica que tudo isto é feito de forma voluntária por muitas pessoas…como é óbvio, isso é contagiante e quis fazer parte. O facto de ser com crianças dá-me um gostinho especial e não é por ser mãe. Sempre tive este ponto fraco, ou forte, de gostar de crianças. E acho que é um papel importante. Não é mais importante porque os outros também são madrinhas e padrinhos e dão a cara, mas aqui há o facto de nós sermos os únicos adultos e eu acho que isso também traz uma responsabilidade… que eu quero ter!

HA — Eu nunca estive nos Santos!

Portanto, para si vai ser uma estreia dupla.

HA — Sim, no meu caso, vai ser uma estreia. Em primeiro lugar, porque eu nunca fui a qualquer tipo de festa popular. 

BP — Não?!

HA — Não, quer dizer, eu sou de Bragança, sou de uma aldeia. Sou de uma aldeia chamada Coelhoso…

BP — Ai, jesus!

HA — …em que por acaso o nosso santo padroeiro é o Santo António… Vivi sempre intensamente os festejos do Santo António. Aliás, a minha avó ficou chateada comigo porque eu não vou ao Santo António lá. Mas vou participar cá também convencido por isso, por haver essa ligação ao santo em si. Não que eu seja católico de alguma forma, mas há uma ligação familiar, de qualquer coisa que se cria em relação à volta daquele dia… E, depois, o Hélder [Agapito] convenceu-me pelo processo que ele me descreveu que se vive convosco aqui [n’a Voz] e pelo espírito de comunhão. E é isso. Eu estou muito expectante para perceber como é que isto tudo.

E já estiveram com as crianças?

BP — Sim, e agora passei por eles e houve uma que me deu um grande abraço… [risos] Depois o Martim Vila Nova, que é o filho da Margarida Vila Nova, vai ser o porta-estandarte e ele já me conhece muito bem. Disse-lhe “anda cá” e consegui agora dar-lhe um grande abraço. Agora é ver o que é que eles têm para nos mostrar que é para a gente fazer bem! 

HA – Vamos tentar pelo menos!

Eles vão ensinar-vos.

BP — São quatro músicas, com muito texto! Agora está a começar a apertar! Tenho mesmo a sensação de que é uma vez na vida e é uma experiência que é para aproveitar.

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