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Loures

Movimento de Utentes manifesta-se no Hospital Beatriz Ângelo

Utentes manifestam-se contra encerramento dos serviços de Pediatria e 11 chefes de equipa deste hospital apresentaram a demissão.

Utentes acusam o Executivo de “uma inaceitável falta de resposta”.

Centenas de manifestantes, convocados pelo Movimento de Utentes do Serviço Nacional de Saúde, manifestaram-se, ao fim da tarde do dia 2 de fevereiro, em frente às urgências do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, contra a decisão do Ministro da Saúde de proceder ao encerramento do serviço de pediatria daquele hospital, que serve os concelhos de Loures, Odivelas, Mafra e Sobral de Monte Agraço.

Durante a concentração foi aprovada uma moção para enviar ao Primeiro-Ministro e Ministro da Saúde onde se manifesta “estupefação” pela notícia do encerramento das urgências pediátricas, isto já depois de terem circulado notícias sobre a possibilidade “de encerramento da urgência geral”. No documento enviado ao governo, os manifestantes “rejeitam o fecho das urgências pediátricas e exigem as medidas urgentes e necessárias para inverter esta situação, garantindo capacidade de resposta à gestão pública e aos serviços prestados pelo Hospital”.

Alertam ainda para o facto dos problemas nas urgências do Hospital Beatriz Ângelo já terem sido, por diversas vezes, denunciados, acusando o Executivo de “uma inaceitável falta de resposta” e que essa ausência de resposta, conjugada com a política da saúde, se traduz numa “incapacidade de travar as saídas, de atrair e fixar os médicos, enfermeiros e auxiliares que possam garantir a eficácia dos serviços a prestar aos muitos utentes que aqui recorrem”.

Os manifestantes alertaram ainda para a situação nos centros de saúde, “também ela grave e muito insuficiente na resposta que dá aos utentes, particularmente pela crescente falta de médicos de família”, o que “agrava a pressão sobre os serviços hospitalares já de si muito depauperados nos seus recursos humanos”.

Entretanto onze chefes do serviço de Urgência Geral deste hospital apresentaram a demissão. Na carta de demissão os profissionais de saúde justificam esta decisão com o facto de os últimos meses terem “sido marcados pela saída recorrente de especialistas do Serviço de Medicina Interna do Internamento e da Equipa Dedicada do Serviço de Urgência Geral”, situação que, segundo estes onze chefes de serviço, compromete a “missão e a qualidade assistencial, bem como a segurança dos doentes e profissionais”.

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