Internacional

Palestina

Israel tortura prisioneiros palestinianos

O Estado de Israel mantém em cativeiro cerca de 9500 palestinianos, 3660 estão em regime de detenção administrativa, uma medida que pode ser prorrogada indefinidamente sem que o detido conheça a acusação ou tenha acesso a julgamento. O número de detidos que cumprem penas de prisão perpétua é de cerca de 600. 

Um relatório da norte-americana Human Rights Watch revela que Israel comete crimes de guerra contra os prisioneiros palestinianos, incluindo crianças, refere a agência espanhola Efe, submetendo-os a violência sexual e a tratamentos desumanos.

“Durante meses, as autoridades israelitas fecharam os olhos quando membros do seu exército publicaram imagens e vídeos desumanos de palestinianos sob a sua custódia”, declarou Balkees Jarrah, diretor interino da HRW para o Médio Oriente, em comunicado.

Muitos detidos algemados e vendados — e por vezes feridos — foram despidos, ou deixados completamente nus, e depois fotografados ou filmados. Estas imagens eram publicadas com legendas degradantes e humilhantes escritas por soldados, jornalistas ou ativistas israelitas, afirma a organização sediada em Nova Iorque, que analisou 37 das publicações.

“A nudez forçada, seguida da captura e partilha de imagens sexualizadas nas redes sociais, é uma forma de violência sexual e também um crime de guerra”, afirma a organização, alertando para o facto de que “os oficiais superiores e os comandantes militares podem ser responsabilizados criminalmente por ordenarem estes crimes, por não os prevenirem ou punirem, incluindo perante o Tribunal Penal Internacional”.

Entretanto, à hora do fecho desta edição, o número de mortos em Gaza provocado pelas forças israelitas ultrapassava os 39 mil, a acrescentar aos 90 mil feridos, a maioria crianças e mulheres.

Artigos Relacionados