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“Nunca este hospital conheceu dias tão negros”

Sucedem-se os problemas no Hospital Garcia de Horta (HGO), em Almada. Primeiro foi o encerramento noturno da urgência pediátrica que levou a população à rua, agora é a vez do serviço de Ginecologia/Obstetrícia. Utentes reivindicam intervenção urgente por parte da tutela e num ofício enviado à ministra da Saúde, Marta Temido, as Comissões de Utentes da Saúde dos concelhos de Almada e do Seixal alertaram para “notícias preocupantes sobre a inoperacionalidade e incapacidade de alguns serviços”, bem como para “um crescendo de conflitualidade entre os serviços e o Conselho de Administração, em particular com a direcção clínica, com acusações graves quanto à qualidade e competência das orientações desta emanadas”.

De acordo com o AbrilAbril, entre os casos assinalados surge precisamente o serviço de Ginecologia/ Obstetrícia. Os utentes alertam que, “sendo este um serviço emblemático e de referência no historial” do hospital, “atingiu em pouco tempo um ponto de rutura, que opõe a chefia do serviço à direcção clínica e agora, solidariamente, a toda a equipa”, de que resultou um plano de contingência, com o encerramento noturno deste serviço.

As comissões relatam que, na madrugada do dia 8 de julho, perante o serviço encerrado, uma utente em trabalho de parto foi transferida para o Centro Hospitalar do Barreiro, porque a Maternidade Alfredo da Costa “se encontrava lotada”, salientando que “nunca” o Garcia de Orta “conheceu dias tão negros, que preocupam e intranquilizam todos quantos a ele recorrem”.

Tendo em conta que “algo de profundamente anormal se passa no HGO”, os utentes defendem que a tutela tem de intervir “com urgência”, tomando as medidas necessárias à “reposição da normalidade dos (e nos) serviços”.

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